sábado, 20 de abril de 2024

Pontes

Eu odeio essa cidade
E suas luzes de Natal
Que fluem como um rio branco
Em direções opostas
Permeando tudo com
Ambiguidades velhas.

O passado se justapõe a tudo
Tornando os dias leitosos e imprecisos,
Como uma névoa que tudo cobre e nada toca.

As pontes se enumeram,
Mas partem e chegam aos mesmos lugares.

Uma lembrança,
Como um farol,
Perpassa as brumas,
Sinalizando a cadência do tempo
Na cidade em que tudo parou.

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