Os olhos não veem a distância percorrida pela semente
Quando dá boca parte o lufo que dispersa os dentes-de-leão.
Tampouco escutam os ouvidos o silêncio subsequente
no qual paira toda e cada semente em sua própria solidão.
Cavalgam à esmo os ventos uivantes buscando
o conforto fecundo de campos onde suas raízes brotarão.
Para novamente o um se tornar muitos
e destes outros, outros muitos tornarão.
Pelos os lábios entreabertos parte o sopro
tão humanamente ignorante das causas que habitam
o seu próprio coração.
o seu próprio coração.
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