Sua pele tem espinhos maiores que os meus.
para sempre trespassada
pelos passos e barreiras que ergueu.
Sendo sempre o muro e nunca o caminho,
a alegria em ti morreu.
Nunca possuindo alguém,
nunca tendo quem a possua.
Todos em seu rosto veem a solidão estampada crua.
Em sua via de pedras e dores, todos a sabem nua.
Sua tristeza não é mais bela
e seus dissabores não mais intoxicantes.
Arranhando as paredes do quarto,
pois nada mais é como costumava ser antes.
Mas saiba que eu sou você
à frente ou à atrás do caminho.
A circularidade da dor me tornou
a sua antípoda mais próxima
e seu mais distante vizinho.
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