Teu silêncio é pouco,
mas é algo que conduz.
Uma imensidão de veias
e é sua pele que reluz.
O teu brilho fosco,
nunca consolou ninguém,
só os seus filhos mortos,
suas promessas de vintém.
Reverbera o solo
em nossa solidão de dois.
Somos instrumentos toscos
afinados pra depois.
Nunca os primeiros,
nem os últimos a chegar.
Eu te vi em vermelho
e não quis mais enxergar.
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