Calo e relembro dos tempos de tempos atrás.
Preso na sutil teia de memórias
Reconstruo momentos cotidianos
Agarrando os ecos do passado
Como se estes fossem vida.
Avolumam-se as brumas do lembrar
Intensificada pela quietude dos nascituros.
Nós nos jogamos em direção ao passado
Propulsionados pela dimensão estéril da dor.
Os rios correm ao contrário.
Nosso destino derradeiro é a vida.
Testemunhamos o nascer da inocência em nossos corações pesados.
Sem um adeus, o presente se distancia na janela traseira do carro.
Nós nos revertemos ao centro.
Nos desfazemos para sermos completos.
Nossa existência é uma afronta ao uno e ao indivisível.
Se existimos, existimos sós,
Dentro dos limites torpes e sinuosos
De nossa intransponível solidão
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