A tinta ainda está fresca nas paredes.
As caixas proliferam-se pelos cantos.
O caminhão chegará somente pela manhã.
As coisas revelam uma dimensão secreta
Ao serem de seus lugares deslocadas.
É duro parir sua própria ausência.
As paredes nuas testemunham
O molho de chaves na porta se revirar.
Somos apenas presenças fugidias
Na vida secreta dos prédios.
Uma vida encaixotada e embrulhada em jornal.
Nós somos feito de vidro,
mas também somos feitos de metal.
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