Eu estico as mãos e lá estou.
Eu pouso os meus olhos
sobre as páginas que ainda virão.
Teço os fragmentos,
orquestro a dança insignificante
da significação.
Imponho ordem ao caos,
estruturo,
faço o novo.
Vou do princípio ao fim
e nas beiradas do universo,
reinvento-me e a tudo renovo.
Saúdo o Sol do primeiro dia
pintando minhas faces de dourado,
permeando a vastidão cosmogônica
de minha solidão.
Entre os cacos e os vidros, sangram vossos pés,
mas vossos horizontes tornam-se-ão menos distantes.
O fardo da escolha recai somente sobre os ombros dos fortes
e vossas costas não curvar-se-ão quando for-vos agraciado o mundo.
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