Com passos toscos tento prender
a linha que separa a água da areia.
Com Indifereça indelicada,
a colcha de águas serpenteia.
Os pés afundam rápido,
a linha imaginária os volteia.
Se ao menos me arrastasse,
tocaria seios rijos de sereia.
Eu queria apenas fixar o momento
e parir na ausência de movimento
a clareza que me falta.
Dar nomes a todo e cada tormento
e estar para sempre isento
da imprecisão que sobressalta.
Traço grandes linhas na areia
para redefinir a geografia de um Eu.
Olho atento a grande onda que arqueia
destruir meu castelo em meu apogeu.
intruso e ferido persisto.
Onde os elementos se encontram,
serei eu um dia benquisto?
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