Nem todas as pontas se conectam no final.
As coisas ficam pelo caminho,
Escondem-se em entre-cantos.
Elas nos esquecem para que também possamos esquecê-las.
Tornamo-nos duros mosaicos de buracos,
Como um arcabouço organo-metálico
Circunscrito pelo peso de mundos ainda possíveis.
Demos nossas costas às alturas,
À rarefeita beleza que nos sufoca
E afixa com estacas este Sol da meia-noite nas latitudes sóbrias do sonhar.
Tateamos para encontrar ou deixar marcas que perdurem além de nós,
Mas tudo é cinza e se esfarela como giz em nossas mãos.
Não há nada além dessas águas
Levando-nos do aqui
Para lugar algum.
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