Algo há de brotar aqui de novo.
Tenho carpido os espaços
e diligentemente sulcado essa pele.
O rastelo não se parte ou se perde
nos muitos quilômetros de mim.
Com as vias e veias abertas,
expulsando o velho para aceder ao novo.
Os olhos se fecham para se reabrirem claros.
Não devemos temer a momentânea escuridão.
O vazio agora preenche os cômodos.
A tinta fresca seca nas paredes.
Um apanhador de sonhos se contorce em uma última dança.
Algo há de brotar aqui de novo.
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