A estrada de terra e areia cerceia o rio.
Casas cada vez mais esparsas
fazem paralelo aos trilhos uniformemente espaçados
enquanto o mato e o nada engolfam o resto.
Nossas vidas se desfazem
como costuras soltas puxadas
pelas meticulosas mãos do tempo,
mas o minério flui constante
do seios da terra até os costões do mar.
As pessoas se dobram e quebram pelo caminho,
mas o ferro suporta todas as coisas
e o ferro galga todas as distâncias.
As pequenas pelotas de minério caem por entre os trilhos
e brilham sob o sol do meio dia como estrelas
de um firmamento invertido.
Somos como deuses ao avesso,
nossos nomes conscritos
nas finitas páginas
do Livro dos Dias.
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