segunda-feira, 22 de abril de 2024

Imaginários


Justaponho cacos
e outras coisas pequenas que brilham.
Luzes fracas furam a noite,
adornam as paredes como
pequenas estrelas de estimação.

Uma penumbra plácida me envolve
em um diminuto mundo de livros e fotografias.
Ouço sons que tocam a alma.

Neste santuário protegido,
as janelas se abrem para a vastidão.
Declamo palavras secretas
e errantes sombras se erguem.
Galopo em sua direção.

Ceio uma vez mais
entre velhos amigos.
Brindo-lhes,
estendo-lhes a mão.

Eles conhecem meu nome
e possuem minha afeição.
Despedimo-nos com gestos e símbolos,
pensando nos dias que um dia virão.

O Sol desponta no horizonte
e tudo está bem.
Rompem-se as barreiras eqüidistantes,
um círculo de Mistérios.
Dor,
não existe vida sem.

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