Tu afogas todo o brilho das estrelas
ou meramente as esconde por entre as dobras do seu manto?
Teus braços esticados resvalam nos confins do universo.
Dedos enegrecidos com a tinta das partituras celestiais.
Um artíficie perenemente oculto, mas ainda assim presente.
Agora confinado nas profundezas do Tártaro
e banhado pelas águas do Esquecimento.
Uma Força colossal latente
tão ignota de sua magnitude cósmica.
Tu és o outro lado dos buracos negros,
a matéria escura que encadeia as equações e cânticos.
Ó grande deus adormecido,
Consorte da traiçoeira noite,
Pai verdadeiro do Dia,
De tua amplidão desoladora,
brotam as raízes do possível!
Que o meu silêncio seja a sua palavra.
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