Sobre este abismo que entrincheira
queria ter podido estender a mão
antes que um de nós caísse.
Porém esconde-se atrás de plumas
e do eco das palavras que não disse.
Não esperaria que olhasse
para trás e me visse,
mas eu talvez estivesse lá.
Com a mão estendida para o vazio
sob a fina chuva de possibilidades esvaídas.
Sabendo ser agora tarde,
com meus passos incertos em
estradas impedidas.
Os dedos se fecham ao redor de grades.
Olhos se perdem na distância doída
de ansiar pelas coisas que não se pode ter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário