Nas oblíquas fendas do sentir
A sombra da dúvida paira
Como um véu que tudo envolve
Mas que sorrateiramente nos devolve
O sentido do tolo sonhar.
Eu não posso ver o que vem,
Mas posso sentir o seu calor
Como um chamado de terras distantes
Convidando-nos a finalmente chegar.
É impossível ignorar a sombra
E habitar no albedo da certeza.
As possibilidades são caminhos
Pelos quais precisamos trilhar.
Mas o cálido Sol da Meia Noite
Ainda fulgura bravio e pálido
Como um presente inconsequente
Em meio à nossa fria escuridão estelar.
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