sábado, 20 de abril de 2024

Claridade

 

O sangue não desenha as bordas do afeto,
Uma área que não se afere pelo espaço,
Mas pelo transcorrer da proximidade
De passos através do tempo.

Eu não tenho palavras doces para lhe dar,
Apenas abraços sem jeito, piadas sem graça
E a constância resoluta dos costões
Que margeam os mares,
Que suportam as ondas.

Quando tu vens,
Entras pelas janelas
Como a luminosidade leve
De um dia bom
E a casa cinza
Se enche de risos.

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