Os vagões lotados param em estações sem nome.
Olhos se desviam ao entrar,
Ombros me empurram ao sair.
Tudo que ouço é o ranger metálico
De trilhos como dentes
Ruminando as curvas na escuridão.
Espero por uma estação final
Como se pudesse justapor propósito
Na incognoscibilidade de um fim.
O mundo muda sob os meus pés.
Já não sei mais para onde olhar.
Redescubro na geografia das feições
Os limites estético-políticos
de um novo e passageiro eu.
Isto é tudo que temos.
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