Eu estou invisível.
Envolto pela imediatez do agora
Como um roda girando em seu eixo
Sem jamais sair do lugar.
Tão terrivelmente exposto
Como um quadro pendurado
Em um corredor deserto
Onde passos hesitariam passar.
Eu me faço pequeno
Para habitar a mercurialiade
Que existe em mim.
Perpasso o todo e as partes.
Eu estarei no começo
E um dia estarei no fim.
Eu sou a serpente alada sobre a cruz,
O Ômega que precede o Alfa
E o Alfa que ao Ômega nos reconduz.
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