Nas costas bravas de Rodes,
o velho colosso foi novamente erigido.
Seus setenta cúbitos de altura
parecem entre névoas se avolumar.
Com lança e tocha em riste,
protege as águas deste preamar.
Quando o sol espanta as nuvens,
sua brônzea pele irradia sua presença
para muito além das imperdoáveis milhas.
Mesmo distante é difícil não o ver
reluzindo sereno, algo mais que belo,
apequenando os navios a partir ou chegar.
Diante de seus pés nunca me senti tão só.
Suas pálpebras não se mexem,
seu sorriso estático é quase um arremedo.
Ainda que se sustente, seu interior é oco como o meu.
Uma pátina verdete toma-lhe a superfície.
Meus braços não foram largos o bastante
para abraçar-lhe como queria.
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Novos Colossos
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