Meus versos saem tortos.
As estrofes não traduzem
a realidade do sentir.
Erijo fachadas resistentes,
imagens e metáforas convincentes
neste amplo anfiteatro a ruir.
Escuto ecos de meus passos,
uma gagueira em meu guiar.
Revisito os velhos traços,
eu preciso me libertar.
Estou sozinho e nú no palco,
tão terrivelmente exposto,
um caminho invisível calco.
O eu nunca é transposto.
Minhas palavras belas e frias,
escrevo-as como um meio, não um fim,
mas as cadeiras estão todas vazias.
Não há ninguém aqui além de mim.
Pesares e amores individuais,
por mais ostentosos que sejam
jamais alcançam alturas universais.
Os versos dos outros não me comovem,
Rimas fáceis não me alvejam mais.
São minhas as palavras que destroem.
Epidauro está em ruínas.
Eu estou também.
As estrofes não traduzem
a realidade do sentir.
Erijo fachadas resistentes,
imagens e metáforas convincentes
neste amplo anfiteatro a ruir.
Escuto ecos de meus passos,
uma gagueira em meu guiar.
Revisito os velhos traços,
eu preciso me libertar.
Estou sozinho e nú no palco,
tão terrivelmente exposto,
um caminho invisível calco.
O eu nunca é transposto.
Minhas palavras belas e frias,
escrevo-as como um meio, não um fim,
mas as cadeiras estão todas vazias.
Não há ninguém aqui além de mim.
Pesares e amores individuais,
por mais ostentosos que sejam
jamais alcançam alturas universais.
Os versos dos outros não me comovem,
Rimas fáceis não me alvejam mais.
São minhas as palavras que destroem.
Epidauro está em ruínas.
Eu estou também.
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