Outro anzol perfura a pele.
Fios invisíveis conclamam-nos a arder.
Carretilhas distantes e dispersas
puxam-nos em direções opostas.
Algo há de se romper.
Há uma longa estrada cravejadas de brasas.
Pegadas fundas marcam as cinzas.
As labaredas consomem tudo,
o caminho consome todos.
Fumaça e fúria preenchem o horizonte.
Estas asas hão de queimarem.
Estes olhos já não enxergam mais.
Tão consumido pela dimensão do desejo
que de cinzas me mimetizo agora.
Que culpa tem as chamas de arderem?
Nenhum comentário:
Postar um comentário