Minha pele é feita de lixas.
Meu toque fere e desgasta.
Tenho incendiando pontes
e ceifado todos os vínculos.
Meu universo em retração.
Consigo habitar em meu mundo pequeno.
Rostos, toques e falas familiares.
Sobrevivo na cerimônia do hábito,
usando o manto do costume e a coroa da solidão.
É tudo tão confortável e sufocante.
Continuo andando sobre estes campos
esperando encontrar batalhas ou destroços,
Minas escondidas ou explodidas,
qualquer força destrutiva que explique
o descompasso pulsando em meu peito.
Os dentes das engrenagens rangem tortos.
Minhas molas não seguram mais a corda.
Meus ponteiros seguem somente direções baldias.
Tudo oscila tão desigual.
O vento me desbasta como um castelo de areia.
Eu me esqueci de quais segredos ou virtudes
estas paredes deveriam proteger.
Uma onda certamente há de vir
e nivelar-me aos destroços que busco.
Caos, o regente do relâmpago.
( χάος κεραυνός κυβερνήτης )
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