Existe uma dignidade quieta
que sustenta as suturas do cotidiano.
Pedras assentadas sob pesares
que, quietas, tudo suportam.
o dilacerar de peles se estranhando,
o peso curvando-nos as costas,
todas as coisas em seus devidos lugares.
Quando chega a noite,
a afabilidade do banal
protege-nos de tudo que há fora,
das estrelas odiosas singrando a noite,
dos uivos ensandecidos ecoando entre os montes,
da chuva apagando nossos nomes e pegadas
e do gosto morno de sangue em nossos lábios.
Deve ser seguro aqui.
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