quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Indefinida


O céu ainda se despe do escuro
Para a nudez cerúlea das manhãs.
A terra e os lírios molhados
Exalam imprecisas fragrâncias
Sob a dança dos dias e de meus pés.

Os olhos se voltam para o horizonte,
Para os lânguidos raios a despertar,
Barganhando por mais uns instantes
Para Selene poder a Aurora beijar.

Daqui brotam infinitos,
De onde meus passos estiveram
Até aonde os pássaros estão.
Círculos se interligando
Nos muitos versos de meu quintal.
Um mundo inteiro está mudando,
Quem ouso ser afinal?

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