Dormindo no sofá
Entre cacos e vidros quebrados.
O Deus das Vinhas está embriagado,
Ele não sabe mais dançar,
Apenas vaga para um ou outro lado.
O Deus das Vinhas se olha no espelho
Sem reconhecer-se mais.
Suas roupas maltrapilhas,
De vinho e mijo manchadas,
Já não lhe cabem com a glória
Que já couberam-lhe
A muitos anos atrás.
O Deus das Vinhas está embriagado
E ninguém adora-lhe mais.
O Deus das Vinhas rancoroso,
A tudo e a todos julga
Sem nunca imputar-se culpa
Por seus desígnios dolorosos.
O Deus das Vinhas,
Tão desprovido de começos,
Está eternamente preso
Em seu podre ruminar.
O Deus das Vinhas está embriagado.
O Deus das Vinhas está novamente embriagado.
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