Translúcido, eu me escondo
como uma suave brisa
acariciando folhas
de árvores e cadernos
para desenhar uma história
pela ausência definida.
Sou feito inteiro de buracos
e de todas as coisas fugidias
que se acumulam nos empoeirados cantos
de uma existência desertificada.
Eu sou o botão daquela velha camisa,
O livro que um dia foi emprestado,
Os recortes de receitas nunca feitas,
As dedicatórias delicadas jamais lidas.
Habito na topologia da falta
Cartografando oceanos de querer.
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