Eu faço minha morada no amanhã,
Negligencio os afazeres do hoje.
Sempre perseguindo algum cometa,
Alguma estrela cadente
Que, tolo, pensei poder tocar
Como rijos seios de sereia
Congregando com a boca
Em delírio ou deleite.
Tudo isso, eu sei, irá passar.
Estamos presos nessa
Procissão de princípios,
De fins que se intercosteiam
Suturando as dores do mundo,
Compondo um único tecido vivo,
Bendizendo e benfazendo
Os alicerces de meu querer.
Existe precisão além da forma,
Uma razão subordinada ao sentir.
A linha nem sempre é o caminho mais perto.
1 + 1 = 3
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