Um astro, descompassado em sua órbita,
Desalinhado em seu vagar,
Risca inoportunamente os céus
Quase sempre não visto,
Carecendo dos cálculos e condições
Para realinhar a sua rota.
Agrilhoado pela gravidade do desejo,
Do pudor despido,
Ainda que incrédulo.
Os cometas circulam as estrelas
Mas dificilmente nelas encontram seu lugar.
Cálidos são seus raios,
Singrando a noite,
Rasgando o véu,
Trazendo-me novamente,
Relutante,
Até aqui.
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