A dor fantasma dos amputados
É mais memória do que violência.
A gelatina de prata, insolente,
Suspende seus cristais contra a luz
Travando suas próprias batalhas
Em meio aos campos do lembrar.
É preciso erigir os pavilhões do passado
Em meio à turbidez do presente.
Suas pesadas portas podem sempre
Ser abertas quando o momento clama
Por faróis altos e olhos claros
Em meio as tormentas do devir.
Ecos de vozes emudecidas
Rodopiam como dervixes
No desnudar de meus dias.
Eu sou feito de tempo,
Como um suéter tricotado
Em salas de espera
Onde o nada transpira
O suor de sua monotonia.
Fotos velhas,
Vergonhosamente escondidas,
Desbotam em carteiras,
Casacos ou gavetas.
quarta-feira, 4 de outubro de 2023
Tiossulfato de Sódio
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário