As espumas do tempo e do espaço
borbulham nos alicerces do real
formando dimensões fortuitas,
retas que no infinito iriam se tocar,
mas que curvam-se ensimesmadas
como em alguma teoria de cordas
nunca ousando se revelar.
Nossos horizontes superimpostos,
tão plenos de possibilidades mil,
encontram-se além do comedido toque,
do colapso de nosso experimento,
da afronta de minha tola experiência.
Nem mesmo a luz poderia perpassar
toda a triste inteireza do universo.
A indiferença cósmica
aparta os começos dos nobres fins
preenchendo tudo com ruídos e radiações.
Este certamente é apenas
um de muitos mundos possíveis,
mas estamos ancorado no real,
na cartesianidade do tempo,
com nossas quiralidades pré-definidas.
Onde poderia habitar o melhor de mim?
O demônio de Laplace
finalmente fechou os seus plúmbeos olhos.
A caixa foi aberta e o gato está...
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