O mundo se molda sob a chama da vontade.
A polidez da disciplina nos permite
galgar degraus distantes
no deserto inóspito do sucesso.
Somos a soma de escolhas
e o produto de suas consequências.
O deleite é quase sempre passageiro.
Recôndito em se oferecer,
deve ser podado como um bonsai
e preservado como algo precioso.
É preciso embrutecer-se para prosperar
além das intempéries e da intemperança de outros,
para descobrirmo-nos de pé
enquanto eles encontram somente
o amparo estático do chão.
A realidade é quase sempre mais dura
do que permitimo-nos perceber.
Nós sempre inputamos tamanha doçura
às intermináveis névoas do devir.
Tudo que temos são apenas
obstáculos ou espetáculos
preenchendo o grande vão da vida.
Nós somos o martelo levantado contra o fogo,
mas também, sempre, fomos
a tenacidade verdadeira do metal.
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