A tinta acabou.
As palavras se exauriam por entre meus dedos
Deixando-me mais vazio do que pudera imaginar.
O abcesso foi perfurando pela pena
Trazendo fim ao delicado dilema
De palavras purulentas sobriamente exumar.
Constrangido, contemplo estas poluções verbais
Brotarem dos recantos recônditos e banais
Que somente o trauma ou a experiência
Podem desnudadamente contemplar.
De destroços a via é feita
Até as súbitas fronteiras do chegar.
Sulcando o meu chão e peito
Para que meus sentimentos imperfeitos
Possam, desajeitadamente, neles habitar.
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