O que se esconde por detrás das portas
Nestes corredores longos e cinzentos?
As maçanetas giram sem cederem.
Falta-me algum tipo de chave
Perdida em um molho entre outras mil
Em algum bolso de uma calça que não uso mais.
Eu bato nas portas mas ninguém atende.
Devo ter tornado-me um vendedor de enciclopédias,
Anacrônico e indesejado.
Como uma Barsa,
Eu me pergunto o que contenho
Na finitude de minhas páginas.
Uma minúcia de detalhes irrelevantes
Tão indigna de uma leitura casual.
Sou mais denso do que gostaria de ser.
Falta-me a leveza melíflua das palavras
Que escorrem dos lábios como beijos.
segunda-feira, 27 de novembro de 2023
O Caixeiro Viajante
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