sexta-feira, 27 de abril de 2018

O Último Barco Para Aman

Como milhares de barcos
Guiados por uma tênue crença,
Nosso diminuto brilho
É por mãos protegido,
Ainda que apequenado,
Dos ventos gélidos da indiferença.

Não ousemos mensurar o céu
Pela dimensão singela de uma única estrela.
Todo o sentido reside no espaço
Que se mutina e se aderna entre nós.

Ainda que estas luzes se apaguem,
As nossas rotas se complementarão.
Mãos que se unem na noite.
Faróis que sinalizam nossa própria amplidão.

Despedimo-nos das silhuetas do mundo,
Para no turbilhão destas águas
Encontramos juntos
Uma única direção.


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