segunda-feira, 19 de março de 2018

Os longos braços da Noite

Todos os obelisco se prostraram
Ou ainda se prostrarão
Sob o peso indizível das manhãs.

Glória finda e passageira,
Estas esperanças,
Nossas certezas vãs.

Aonde eu me sento à mesa?
Os comensais ainda chegam e já se vão.

Nas latitudes e longitudes ermas
Tento perscrutar-me,
Mas estrelas enfermas riscam nosso céu
E se afogam docemente ao beijarem o chão.

Vias que se entrecruzam em sombras
E se entreabrem em nós.

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