Da maçã, eu fui semente.
De Pandora, o violado fecho.
Eu sou o vazio da ânfora
clamando pelo brio do vinho.
A voz que sustenta no silêncio
toda a inteireza das manhãs.
Eu não me basto mais.
Estou em todos os cantos,
Eu estou em todos os lugares,
Em pedaços talvez,
mas maduro,
melhor.
Feito de peças e partes rombudas
como a pedra que rolou toda dimensão do rio,
Como a montanha que puiu-se em areia.
Eu sei que os céus também estão no chão.
Sou o roto e translúcido trapo
amarrado contra o arame farpado dos dias,
debatendo-me violentamente com o vento,
fúria invisível e liberta.
De Pandora, o violado fecho.
Eu sou o vazio da ânfora
clamando pelo brio do vinho.
A voz que sustenta no silêncio
toda a inteireza das manhãs.
Eu não me basto mais.
Estou em todos os cantos,
Eu estou em todos os lugares,
Em pedaços talvez,
mas maduro,
melhor.
Feito de peças e partes rombudas
como a pedra que rolou toda dimensão do rio,
Como a montanha que puiu-se em areia.
Eu sei que os céus também estão no chão.
Sou o roto e translúcido trapo
amarrado contra o arame farpado dos dias,
debatendo-me violentamente com o vento,
fúria invisível e liberta.
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