quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Vácuo


Tudo flui.
Tudo se vai.
O vazio é tão recalcitrante.
As ondas agora lambem os meus pés
e eu não estou mais aqui.

Eu vim até às costas de um novo mundo
sem sequer saber o que esperar.
Vozes roucas.
Rostos indistintos.
Não importa onde esteja,
eu não estarei lá.

Sou filho de estrelas incertas e fugidias.
Meu brilho é oblíquo.
Minhas dimensões traiçoeiras.
Tudo reluz disforme na imensidão.
Há uma beleza aqui.

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