O grande relógio da rodoviária perde um dia a cada ano.
O antigo ônibus acolhe mais um empoeirado em cada ponto.
Indas e vindas tão desconexas como nossas vidas.
Rodovias pavimentadas com a saudade sóbria dos que souberam não voltar.
Paguemos nossos tributos às estradas e suas longas procissões de placas e possibilidades
Pois a verdade não liberta, te acorrenta na inevitabilidade das circunstâncias.
As estradas foram feitas
Para os que souberam sonhar
E para os que souberam sofrer.
As distâncias se multiplicam entre nós.
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