domingo, 21 de abril de 2024

Em Catedrais Escuras

O vidro e o chumbo não são o vitral,
tampouco a luz azul filtrada
pela cena estática divinal.
É o erguer de braços para o infinito
e suportar as pedras e os anos,
prevalecer sobre a razão e o animal.

Quando os grilhões lhe tombarem a carne
quem irá lhe testemunhar o final?
Os nomes não se escrevem no livro dias
com o choro, gozo ou sangue,
mas com a angústia do real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário